25 abril 2010

Criticando...:


A nova empreitada do diretor Tim Burton é um delicioso convite a retornar ao mundo mágico de Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland), treze anos depois da história original, criada pelo genial Lewis Carroll.
A garota loira que cai num buraco e descobre um lugar onde as mais improváveis coisas tornam-se possíveis tem agora 19 anos. De aparência abatida, sem grandes perspectivas, está a um passo de se casar com um “almofadinha” que não tem a menor vocação para fazer alguém feliz.
E para fugir dessa ingrata realidade, nada melhor do que uma improvável perseguição a um coelho de colete que a conduz a um mundo paralelo - ou melhor, subterrâneo -onde animais falam, bebidas diminuem e bolinhos aumentam drasticamente o tamanho de quem os come.
Lá, Alice descobre que tem uma “missão”: ajudar a bondosa Rainha Branca a derrotar sua perversa irmã, a Rainha Vermelha (ou de Copas). Mas antes da batalha propriamente dita, muita coisa acontece, e temos oportunidade de rever personagens queridos do conto original, entre eles o misterioso Gato Risonho e a sábia lagarta Absolom (e seu inseparável narguilé).
Como já era de se esperar, quem comanda o show é Johnny Depp, que encontrou o tom exato para a insanidade de seu Chapeleiro Maluco. Destaque também para Helena Bonham Carter, perfeita como a Rainha “de cabeça avantajada”, no limite entre a maldade pura e a loucura genuína.
Os efeitos visuais são arrebatadores. Os exércitos branco (composto por peças de xadrez) e vermelho (com soldados de carta) enchem a tela e os olhos com extrema competência.
Talvez meu entusiasmo seja exagerado, mas para mim, a verdade é que a maioria das pessoas está perdendo a capacidade de se deixar levar pela fantasia, e preferem taxar tudo de “sem emoção”.
Pois eu ainda acho muito mais legal imaginar que algum dia pode aparecer um coelho de colete no meu caminho...
Curiosidade: Certa vez um ex-colega de trabalho me chamou de “Coelho Branco”, por causa de meu ritmo um tanto quanto frenético. “É tarde! É tarde! Tão tarde até que arde!” parece ser meu lema desde sempre!
                                                                                                                                    Por: Angela Debellis

Nenhum comentário:

Pouco mais que as outras...: