" Como um série de imagens fixas justapostas para criar um sentido de história, as histórias em quadrinhos requerem a participação do público para que a trama seja compreendida. O espectador de um filme pode ser passivo e talvez tirar as suas conclusões acerca do local e da passagem do tempo seguindo mudanças de cena; contudo, mais do que isso, está apenas vendo a situação desenrolar. Já o leitor de uma história em quadrinhos, porém, precisa participar da criação da trama, inserido a ação na transição entre os painéis (quadrinhos). Entre um quadrinho e outro, há o que chamamos de espaço.
Quando os leitores olham em dois quadrinhos e decidem que a ação está ocorrendo entre eles, o processo é chamado de fechamento. Scott McCloud, célebre teórico das histórias em quadrinhos, argumenta que elas são "um meio de comunicação e expressão que usa o fechamento como nenhum outro. Um meio no qual o leitor é colaborador disposto e consciente, e o fechamento é o agente da mudança, tempo e movimento". Sem a colaboração do leitor no processo de formar um narrativa, a história em quadrinhos seria uma série de desenhos separados que poderiam ser bonitos, mas não significariam coisa alguma, muito menos contariam uma história complexa. Embora Mccloud chame os leitores de "colaboradores conscientes" no processo de fechamento, na verdade, o processo deve se tornar inconsciente numa revista em quadrinhos bem estruturada......"
X-men e a Filosofia (p.115,116)
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